Estou deveras empolgada com a próxima semana, a partir de segunda-feira serei oficialmente uma universitária!
Começarei o curso de Artes visuais na UERGS e estou animadíssima com essa nova etapa da minha vida, conhecer pessoas novas e fazer algo que eu adoro, ser arteira. Claro que o nervosismo também está presente, mas a animação e a curiosidade falam mais alto. Me desejem sorte, prometo que a minha parte eu vou fazer!
eu estava aqui pensando que meus devaneios, loucos, por vezes sem sentido, deviam ser compartilhados. para que talvez alguém tão devaneante quanto eu não se sinta só neste mundo que arde consumido pela ganancia dos homens...
sábado, 28 de fevereiro de 2015
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015
Devaneando pela manhã...
É difícil pensar na razão por que se quer morrer,
todas as tristezas se misturam em uma confusão de lágrimas e dores que parecem
não vir da própria alma. Por todo lado surgem olhares reprovadores, você é nova
demais, eles dizem, você não tem problemas reais, você não passa de uma mimada
que não ganhou o pônei que queria no Natal. Não existe maneira certa de
explicar, as pessoas nunca vão entender, não importa o quanto sua dor seja
real, não importa o quanto sua alma sangre as pessoas nunca entendem que a dor
da alma mata mais lenta e dolorosamente do que qualquer outra, e que o pior de
tudo é que você não consegue amenizá-la com anestésicos.
Eu ouço as pessoas dizendo que eu preciso ser forte,
que eu não posso me deixar abater, que eu preciso me ajudar que eu não tenho
motivos para estar doente, mas eu estou. As pessoas dizem que eu não devia
tomar esses remédios, que eu devia ter força de vontade pra melhorar, mas elas
não sentem o que eu sinto, elas não sabem como é sentir milhares de sensações
que me rasgam a alma, sentir frio e calor e dor e raiva e apatia e sono e
insônia e solidão e querer ficar sozinha e estar presa e querer chorar e querer
parar de chorar e medo e dor, muita dor. Apesar de saber que os remédios vão me
deixar levemente entorpecida não existe outra forma, eles me mantém inteira,
eles remendam os pedaços de mim e me fazem parar de sangrar, levam embora a
vontade de cortar os pulsos e deixar o sangue que afoga minha alma escorrer
para o chão.
Eu tentei fingir que nada estava acontecendo, que se
eu fosse forte o bastante tudo ia passar, era só uma fase, mas tudo que eu
consegui foi perder um dia inteiro, eu me lembro de deitar pra dormir depois de
tomar todos aqueles comprimidos e depois nada, quando acordei, sentindo gosto
de borracha e sentindo como se fosse feita de plástico ao tocar minha pele,
descobri que tinha passado um dia inteiro dormindo e que era o dia seguinte já.
E a única coisa que me perguntaram é se eu estava tentando chamar atenção,
minha família achou que era tudo pra ter atenção, não levaram a sério, acho que
ainda não levam.
Eu sei que dói, vai continuar doendo, tudo que eu
posso fazer é amenizar a dor pra tentar continuar vivendo...
sábado, 24 de janeiro de 2015
Dois Anos...
Dois anos.
Eu não sei dizer se isso é bastante ou pouco tempo. Ás vezes parece que faz pouco tempo que começamos a namorar, a euforia e a alegria de estar ao seu lado, a vontade de estar abraçada em ti o tempo todo, como se ao fim do dia cada um tivesse que ir pra sua casa, mas tem outras horas que parece que faz décadas que estamos juntos, a cumplicidade e a segurança que sinto com você, como se eu conhecesse cada pedacinho da sua alma, tal como você conhece cada pedacinho da minha, e a certeza de saber que ao fim de cada dia você estará ali ao meu lado me faz sentir completa, em paz.
Lembro da primeira vez que conversamos, de nosso primeiro beijo, cada momento vai estar gravado em minha memória, me fazendo sorrir sempre que pensar nos momentos que passamos juntos. E a essas memórias se juntarão outras, pois cada momento com você é perfeito e memorável, e teremos toda uma vida para sorrir juntos.
Dois anos parece um tempo maravilhoso, ter você ao meu lado torna cada dia maravilhoso. E eu sei que é apenas o começo, porque quero ficar contigo muito mais que pra sempre.
Te amo meu lindo nerdesposo...
sexta-feira, 16 de janeiro de 2015
Egoismo necessário...
Primeiro eu, assim mesmo, imensamente egoísta, primeiro o que eu penso primeiro o que eu quero primeiro o que me faz bem. Pensando melhor, primeiro eu, segundo eu, terceiro eu, quarto eu também, depois vem os outros. E esse egoísmo todo foi cuidadosamente cultivado a partir de um egoismozinho bem pequeno que eu sempre mantive escondido, quando ele inventava de aparecer eu logo dava um jeito de escondê-lo de novo e me repreender por ter deixado ele a mostra.
Mas o tempo passou, muita coisa aconteceu, e quando me dei conta, meu egoismozinho pequenino era a única coisa que eu tinha. A parte de mim que eu mantivera escondida era a única parte de mim que restara. E nesse dia eu chorei abraçada em mim mesma. Fazia tanto tempo que eu me esforçava para ser o que as outras pessoas precisavam que eu fosse que eu me perdi, eu quase deixei de existir.
E depois de todo choro eu decidi que isso nunca mais ia acontecer. Coloquei meu ego no sol e deixei crescer, bati o pé todas as vezes que alguém tentava me convencer a guardá-lo outra vez. Gritei com alguém pelos meus direitos pela primeira vez, e me senti maravilhosa com isso, tomei decisões que não agradavam as outras pessoas, trilhei meu caminho sozinha. E quando percebi que era isso que eu queria pra minha vida, sabia que estava no caminho certo.
Não vou mentir, chorei muitas vezes enquanto fazia minhas escolhas, diversas vezes me senti tentada a voltar a ser a garota que os outros queriam que eu fosse, é mais fácil não precisar escolher, mas sempre que olho pra trás eu me lembro do dia em que percebi que estava deixando de existir, e me mantenho firme nas minhas escolhas. Algumas pessoas não me cumprimentam mais, algumas não falam mais comigo, e algumas chegam a fingir que eu não estou ali, mas eu não vou mudar.
Primeiro eu, segundo eu, terceiro eu, quarto eu também, e só depois vêm os outros, como uma sábia pessoa me disse uma vez.
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